Diário Velho

sexta-feira, 30 de abril de 2010

É meu!

Oooiee...

Estava fuçando as tralhas do meu computador e vi um texto meu, que fiz acho que ano passado. Olhem só!

Ibiúna:



Esperava pelas minhas férias de Julho ansiosamente, pois quando era Julho eu sabia que iria à casa de minha avó, em Ibiúna. A casa era simples, com três cachorros. Todos vira-latas, mas que me faziam sorrir. Lembro-me que morria de medo dos bichos. Principalmente dos marimbondos. Queria dormir ao lado dela. Para ser protegida. Sabendo que nada iria acontecer. Seus roncos no meio da noite me acordavam. Faziam-me rir.


Ao despertar, gostava de tomar café da manhã vendo o sol entrar pela janela da sala de TV, do cheiro da comida, de nossas idas e vindas à Pedra Amarela. Quantas vezes os cachorros fugiam quando abríamos o portão! Quantas vezes deixei isso acontecer de propósito. Só para vê-la gritar: “Tchéééé, não era pra deixar os cachorros fugirem!”.


Na hora do banho, era sempre uma incógnita: “Quem vai tomar banho primeiro?”. A Jade. O Luca. A Cecília. Decidíamos através de um dado de madeira. Velhinho... Quem tirasse o menor número iria primeiro. E era sempre eu. Era de noite. Estava frio. Em um piscar de olhos, era hora de dormir. Eu dormia sempre do lado da minha avó. Com minha prima no meio. Nunca gostava de ser a última a dormir. Acordava com minha prima falando. Cantando. Assobiando. Perguntando se hoje iria ter “Malhação”, sua novelinha da tarde. O único momento que ficava quieta.


Havia uma balança, do lado de fora da casa, em que nos balançávamos sem parar. Tínhamos um relógio para marcar o tempo de cada um. Lembro que tinha uma menina, o nome dela, Giovanna. Ah sim, era com ela em que brincava o dia todo. Ao lado de Ceci. E às vezes de meu irmão.


Depois que voltei lá, nas férias de Dezembro, fiquei esperando Giovanna aparecer pela porta e começarmos a brincar. A imaginar. Passaram-se 2, 3 dias, e ela não aparecia. O motivo? Sua mãe havia falecido há pouco tempo. Hoje, mora com seu tio, padrinho, não sabem ao certo.


Sei que tudo mudou. Hoje, não vejo mais os três cachorros jovens. Divertidos. Um morreu. Outro nasceu. Não vejo mais os cachorros fugindo. Ficam presos. O dia inteiro. O sol na janela, não é mais daquele jeito. Os marimbondos sumiram. O cheiro da comida mudou. Não tiramos na sorte para ver quem vai para o banho primeiro. Ainda vou lá. Não vejo à hora de ir.


Uma coisa que tenho certeza, é apenas que, ao passar pelo portão de entrada, essa casa, mágica e acolhedora, faz com que você esqueça todos os seus problemas.


beijos
  Jah =]







3 comentários:

  1. Nossa, que... Profundo! HAHAHA'
    Mas tá mto bom, sério! Gostei meeesmo. *-*

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