Diário Velho

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Abandono

(Nunca diga adeus, pois dizer adeus significa ir embora e ir embora significa esquecer)


Há meses não se escreve aqui e mesmo assim, ainda têm pessoas que entram e fazem questão de deixar um comentário. Então eu pensei: Por que não escrever algo?. Penso sobre o  motivo pelo qual abandonamos o blog e chego a uma conclusão que todas nós crescemos, todas nós não temos mais aquele imenso prazer de postar alguma coisa todo dia, todas nós achamos algo meio bobo de se fazer. Porém ainda se tem aquela vontade de escrever, de desabafar, ou de simplesmente de dizer o que sente. Nunca aprendi a dizer adeus e nunca consegui esquecer o blog. 


Jade;

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Insira um título aqui

Eu tinha um amigo. Um melhor amigo, na verdade. E ele era tudo para mim. Seu nome era Dillon, meio incomum, mas combinava com o seu rosto e eu adorava chamá-lo de Digo. Claro que esse amigo não é uma pessoa, mas sim um cachorro. Minha tia o comprou quando ainda era adolescente, ele me conhece desde que eu era um bebe. Eu sempre fazia carinho nele, ele me seguia pela casa e quando eu dormia com a minha avó, Dillon dormia no pé da minha cama. Ao chegar na casa dos meus avós, começava a latir e para acalmá-lo eu dava petiscos à ele. Dillon já morou em inúmeras casas, já foi mordido por um cachorro e deitou-se na grama em frente ao portão da casa da minha avó e ficou esperando alguém aparecer para acudi-lo. Ele corria pela casa com chinelos, almofadas, pelúcias na boca e eu adorava correr atrás dele. Quando ele ficava sozinho em casa, subia na mesa e depois não conseguia descer. Corria atrás de borboletas. Se apoiava na minha cadeira e ''pedia'' pela comida que eu estava comendo. Ele corria tanto que as orelhas balançavam com o vento. Quando eu mexia no computador, ele ficava na porta do escritório me fazendo companhia. Eu dava comida à ele e o observava comer. Eu o abraçava, o beijava...Tenho saudades, muitas saudades. Dillon começou a ficar velhinho no ano passado, com 16 anos, se não me engano! Meu avô mudou para um apartamento onde havia escadas e o pobre cachorro nao conseguia mais subir, foi quando minha avó resolveu dá-lo a caseira da antiga casa dela. Foi o fim para mim. Os caseiros sempre mandam notícias, Dillon está feliz, mas começou a ficar surdo e um pouco cego, quase todos os dentes já caíram e ele não reconheceu minha avó, que foi visitá-lo alguns meses depois. Quando ele morrer, será uma grande decepção para mim, pois esse cachorro foi incrível e fez parte da minha vida. Ele me deu tanto carinho, amor, atenção sem querer nada em troca. Isso que é ser amigo.